Um novo papel.

Sabe aquela sensação de missão cumprida quando termina de ler um livro que tanto queria?
Desde a pimeira vez que o segura nas mãos, abre, sente o cheiro do papel... das palavras, começa a primeira página: Lê o título, o autor, a sinopse e começa o primeira capítulo. Cada conjunto de palavras combinando sonoridades, significados e sentimentos... Depois vem o segundo.
Já com o gostinho da história na boca consigo me sentir coadjuvante dessa ficção/romance/drama/melancolia. Cada palavra escrita pelo autor, uma aventura pra quem lê.
Uma empolgação enorme de querer estar naquele papel a vida toda, a vida parece tão mais fácil por lá. Meio do livro, meio caminho andado, meio caminho vivido, poucos passos pro final... ou não.
Sensação de angustia, ansiando pra saber como vai acabar, tentando desvendar cada segredo de suas palavras, vivendo junto, vivendo com os olhos, se aventurando imóvel, em silêncio.
As últimas dez páginas sempre são as melhores, a expectativa de saber o que está por vir, tremer e suar frio. Dar sua pele por aquele papel, se transformar no que nunca, jamais imaginaria ser. Estranho. Confuso.
Ultimas linhas, ultima palavra... ALÍVIO! Missão cumprida.
Vontade de devorar todos os livros que vejo pela frente.
Adquiro outro, começa tudo de novo e num piscar de olhos me encontro numa nova pele, num novo papel. Outro mundo surgundo página à página, não quero mais sair de lá.
Não que lá eu não tenha problemas, dúvidas, dores mas sei que tenho 90% de chance de vencer no final se tiver o papel principal. E aqui?